"Bruxas, fadas, demônios, deusas, guerreiros celestiais, anjos, duendes, santos, extraterrestres, cavaleiros, domadores de feras, imperadores...
Não devemos ter medo deles. Estão todos dentro de nós.
Nossa própria inteligência criativa é o mago reinante sobre eles"
— Adaptado de "Bardo Thodöl", de Guru Padmasambhava, revelado por Karma Lingpa
Nasci em uma família onde eram cenas comuns minha mãe estar posando para meu pai fazer uma escultura, ou encher minha piscininha de plástico de criança com papel picado para fazer papel machê e criar esculturas gigantes pra escolas de samba.
Esse pai, artista, poeta, cineasta, é minha raiz mais forte nas artes e sempre me fez acreditar que era incrivelmente natural pegar um punhado de matéria qualquer e transformar em figuras, seres com expressão e olhos que me olhavam de volta.
Gosto muito de fazer máscaras, acho fascinante pensar como a nossa energia anima a matéria como uma alma em um novo corpo!
Acima, máscaras em papel machê feitas para o filme "Prometheu", ainda a ser gravado
Gosto de fazer esculturas também, nos mais variados materiais, pode ser desde um colchão velho encontrado na rua até papel, ou cera pra depois virar alumínio ou bronze, ou mesmo pedacinhos de madeira articulados pra virar um autômato!
Experimentei também a arte do cinema, com uma direção de arte estreante premiada, para o filme Rubras Mariposas, protagonizado pela dama do teatro brasileiro, Maria Alice Vergueiro e Luciano Chirolli.
Sempre gostei de cantar também — minha área de expressão mais modesta. Gosto de pesquisar e fazer minhas versões de músicas que considero meios de transporte para lugares raros. Há realmente estados mentais que só alcançamos pelo som!
Nos últimos dez anos minha principal forma de criar tem sido as tatuagens! Trago para ela o universo que sempre me foi presente: a natureza, os seres fantásticos, o sutil, o onírico, a delicadeza.